O Beijo da Lua
E os versos secos umidificam o pranto,
A escassez de ar desse mundo sufoca,
A escassez de ar desse mundo sufoca,
Embargada, a vontade na voz do canto,
Mata e afoga na saliva a carne da boca.
E nos tremores dos céus se faz erosão,
A claridade da Lua foge e se faz visível,
Sangra a pele, cisalha e incuba a lesão,
Devolve sombras, refaz a noite possível.