O Beijo da Lua
 
E os versos secos umidificam o pranto,
A escassez de ar desse mundo sufoca,
Embargada, a vontade na voz do canto,
Mata e afoga na saliva a carne da boca.
 
E nos tremores dos céus se faz erosão,
A claridade da Lua foge e se faz visível,
Sangra a pele, cisalha e incuba a lesão,
Devolve sombras, refaz a noite possível.
 
 
 
 
Dado Corrêa
Enviado por Dado Corrêa em 30/04/2016
Reeditado em 03/05/2016
Código do texto: T5621094
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