o poema

plantar um cidade

não é como semear

milho em terra arada,

a natureza não

compreende o cismar

de concreto.

plantar uma cidade

não é deixa-la a Deus

dará. a fé, que basta

ao feijão na cova,

não resolve o orgulho

que mantem um prédio

armado.

Por isso, não

deixo o poema morrer

a míngua,

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dentro da gente

o absurdo se torna

tormento;

no entanto

destravando a válvula

a salmora acumulada

escorre pela boca,

não toque nessa

lástima que a luz devora.

Ariano Monteiro
Enviado por Ariano Monteiro em 30/04/2016
Reeditado em 30/04/2016
Código do texto: T5620924
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