o poema
plantar um cidade
não é como semear
milho em terra arada,
a natureza não
compreende o cismar
de concreto.
plantar uma cidade
não é deixa-la a Deus
dará. a fé, que basta
ao feijão na cova,
não resolve o orgulho
que mantem um prédio
armado.
Por isso, não
deixo o poema morrer
a míngua,
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dentro da gente
o absurdo se torna
tormento;
no entanto
destravando a válvula
a salmora acumulada
escorre pela boca,
não toque nessa
lástima que a luz devora.