Só lembranças
Ali
a uns metros da praia,
curto o por-do-sol.
Ondas não param de chegar.
A alma silenciosa
abraça a paisagem
querendo um renovo
que lhe seja solução.
Os dias já não são os mesmos.
De todos os meus quereres,
o que me deixa mais sóbrio
é o que eu mais amo.
Minha metamorfose ambulante
morreu desapontada com o mundo
em estado de decomposição.
Pudera...
ele não é fabuloso
e nem o ser humano é legal.
O lago imaginário
de águas verdes e azuis
respira perdas e danos.
Ficou na memória.