Só lembranças

Ali

a uns metros da praia,

curto o por-do-sol.

Ondas não param de chegar.

A alma silenciosa

abraça a paisagem

querendo um renovo

que lhe seja solução.

Os dias já não são os mesmos.

De todos os meus quereres,

o que me deixa mais sóbrio

é o que eu mais amo.

Minha metamorfose ambulante

morreu desapontada com o mundo

em estado de decomposição.

Pudera...

ele não é fabuloso

e nem o ser humano é legal.

O lago imaginário

de águas verdes e azuis

respira perdas e danos.

Ficou na memória.

Benilton
Enviado por Benilton em 28/04/2016
Reeditado em 28/04/2016
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