Andarilho

Sei o quanto podes e nada faz,

Por ventura não absorves o aroma,

Se ainda pudesse ao menos indagar,

Será que ajudarias a levantar.

Nem sei se contestar ainda me cabe,

Porque ao menos teria tecido alguns objetivos,

Seria um pouco escuso não confiar,

Mas pergunto em que fundamentos acreditar.

Talvez nem hoje e talvez nunca,

Mas o nunca é um mundo disperso e longo,

Seria bom que improvisado fosse,

Fosse o hoje, o agora e o aqui.

Estaria assim a sofismar a inconstância,

Como se os teus pés de andarilho fosse,

Talvez um tempo em algum dia,

Quem sabe em um rabo de cometa estarias.

Teresa Cristina Monteiro
Enviado por Teresa Cristina Monteiro em 28/04/2016
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