O Espetáculo da Solidão.
Eis me aqui,
Sobre este palco vazio,
Com um olhar melancólico,
Recitando meu triste monólogo
De solidão e dor.
Arde meu peito,
O vazio congela,
As lembranças flagelam
Seus últimos fragmentos.
Não quero viver sem sonhos bons para lembrar,
Sem uma felicidade mesmo que frágil
Que me faça cantar.
E não implorar pelo fim,
Deste triste espetáculo sombrio,
Onde me perco de mim,
E ninguém pode me ouvir.
Onde não posso existir,
Que não me pertence nem a minha silhueta,
E o público que me observa,
São sombras e pedaços de mim.