O suicídio
Como folha de outono bailando ao vento
Perdida no tempo procurando se encontrar
No peito a dor plangente, quanto desalento
Mostrando que a vida já não pode continuar
Como um canto de despedida, uma triste carta
Expondo o fim da caminhada, sem mais armas
Que lhe ajudem a reerguer-se, da vida se aparta
Num ato covarde dá por encerrado o seu drama
Incompleta ficou sua trajetória terrena
E nesse ataúde repousas tão serena
Para mais tarde receber o último adeus
Deixando o palco da vida, saindo de cena
O adeus que encerra a história de uma vida
Quiçá, pudesse eu impedir o fim dos dias seus
Vida que por desconhecido motivo foi banida
Um gesto inaceitável para a concepção de Deus