Quando vejo-me dentro de mim
Enxergo uma parte que me falta.
Será um coração a bater
Ou um amor a me completar?
Neste quebra-cabeça tosco
Meus dedos espalham as peças
Sobre uma mesa talhada de solidão.
Não será o verso a me fazer contente,
A poesia é a contraparte de mim
Dando sinais de uma fraqueza torpe.
Aos olhos ainda restam as migalhas
Da visão embaçada do corpo.
Talvez a parte que me falta
Ainda se encontre na alma
De quem me esqueceu.
 
MARIO SERGIO SOUZA ANDRADE
Enviado por MARIO SERGIO SOUZA ANDRADE em 26/04/2016
Código do texto: T5617418
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