Os Olhos do Mar
 
Azul na íris abissal dos olhos do mar,
O escuro com as sombras afogadas,
Profundamente no seu jeito de olhar,
Perjúrio das sobras em si recicladas.
 
Afogado em apneia profunda e fatal,
Na córnea em lágrimas de espumas,
A esgrima de ondas se repete banal,
Cílios das gaivotas, ventos e plumas.
 
A imagem em foto colorida rasgada,
Brilho que vive num horizonte prata,
Distância ou coito na visão delirada,
Resto de naufrágio que vive e mata.
 
 
Dado Corrêa
Enviado por Dado Corrêa em 25/04/2016
Reeditado em 03/05/2016
Código do texto: T5616398
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