PÁTRIA MÃE, BRASIL! (218)
Seus olhos choram, suas tetas secam,
Suas entranhas agitam-se, tem fome de honestidade,
As árvores e as flores ante ela se curvam,
Uma rainha, que nunca perde a majestade...
É gigante, foi ferida de morte, seu grito se ouviu,
A dor foi forte, todo o continente sentiu,
Amargas lágrimas correm, de raiva e de vergonha,
Por ver-se, envolvida em tanta lama...
Por desmandos tiram de seu povo, o emprego,
Tolhem seus direitos a educação e a saúde,
Predadores matam, não há segurança,
Roubam a dignidade e o futuro da criança...
Vê na fronte erguida o suor de quem labuta,
Seus filhos, sem armas, pintam o rosto, vão à luta,
Empunham o pendão, verde amarelo do céu o anil,
E orgulhosos, entoam o hino... Da Pátria mãe... Brasil...