projeções

Projeções

É tempo de poder levantar-me,

Sento os olhos sobre esse tempo

Passando sob meu olhar pasmo

De o ver passar-me...

Este olhar parado no sempre

A tempo de poder levantar-te.

Das minhas sobras sobrará um tempo

A dar-te, na memória do esquecimento.

É tempo de podermos levantar

Sonhos dormidos

E seguir em frente, mesmo possuídos

Por cada desses repentes,

É tempo de ousar o siso,

Novo assanhamento:

O novo, o porvir, o vento...

A sair do invólucro fechado

E abrir as asas, e voar, e viver o tempo

Que se fez acordado, que à frente

Não há um abismo, projetado

É o infinito no olhar em frente.

sergiodonadio.blogspot.com

editoras: Scortecci, Saraiva. Incógnita (Portugal)

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Perse e Clube de Autores

sergio donadio
Enviado por sergio donadio em 24/04/2016
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