Poeta Voador
Empunhou a caneta e bateu asas
foi pintar no céu todas as estrelas
foi riscar na lua uma poesia
e depois pintou o sol para ser dia,
poeta alado que não vê limites
quando alça voo rumo ao infinito
viaja distante procurando mitos
numa odisseia que não tem final
buscando os segredos do arrebol,
voa observando mais uma alvorada
que vem delirante após a madrugada
voa junto aos pássaros, vai até o zênite
depois volta ao mundo e senta na varanda
pra compor sonetos, pra compor cirandas
então adormece e acorda do sonho.