SEM TÍTULO
Ergue-se terra
fincado chão
título suplício
duro leito
deito
fixolhar
e delito.
Derrame do seco
de peixe e margem
cava cova destinos
e acresce estrias
se abro dermes mortas
para toda a sorte de coisas vivas.
Levado
arrasta
silêncio
milênio
Título ia, título vão!
eito coberto de rosa,
rios de João.
Dor que não se mede
nasce incapaz de ferir
o que ou quem
deveras
mente.
És domador de faltas,
e eu pintor do ausente.
Somos onde o coração
é esteiro, istmo
sema, poema
rio sem título.
Antônio B.