Destino
Tendo meu destino na mão,
sossego meu coração,
rezo uma breve oração
de agradecimento,
fecho meu olhos
e me embalo numa canção.
Enfim liberto da escravatura
da saudade e da tristeza,
hoje fico só na leveza dela,
a Docinho,
de doce ternura e candura.
E vou indo,
suavemente subindo,
a ladeira do amanhã
e vejo àquela sumindo,
se apagando nas brumas
de um tempo que já se foi.