DÁDIVAS
Para o alto aponta o vértice,
precipita a chuva lânguida.
A seara acolhe a rega, dádivas
no chão vermelho, deslizam águas, córrego.
Leito que leva ao longe o sonho, e súplicas
nele fulgem a esperança, raios múltiplos.
Molha-se a terra benta, doce líquido,
aquietam-se as folhas, ao som de pássaros.
Dalva Molina Mansano