Entrementes

Luciana Carrero

No mundo da fantasia, o espectro era só um nada que sumia. E tudo era bem igual ao nada que nem se via. E não respeitavam o nada, porque o nada se esvaia. Entanto, num confronto verbal intenso, o mal se prometia. O silêncio eterno, porém, no seu nada adormecia. E todos dormiam tudo no caos, que nem o próprio havia. Tudo era só pensado e o pensamento sumia. Nada era passível de ser explicado e tudo era um momento equivocado. Assim criou-se o pecado, que é este mundo circundante, vazado do eterno nada de um nada itinerante. Assim, é tudo um instante do nada vociferante, que a cada palavra dada, faz de nada algo irritante, porque ter consciência do nada é dose para elefante.