angustia metrificada
Estar dentro
Dessa noite
Que tantas se parece;
Sendo o que sou
Nesse momento
Que tantos outros
Como eu, passou;
Mergulhar, ou
Deixar que a noite
Seja, ausente do sol
Ou esperança, sem
A certeza da manhã
Clara e sentida dos
Pássaros, descer e se
Recolher ao que nada
Se parece, Á pólvora
Secreta e vaporosa
Que não explodiu
Que não reconheço
Como parte das coisas que sei,
E mesmo assim, me
Calar e deixar que luz
Se espalhe nas pedras
Escuras e que nos cure
Da angustia não metrificada