Tão sua
Sensível como uma pétala de flor, à flor da pele, a flor da pele, à flor, na pele, a flor, há flores...
Atua como ninguém sua dramaturgia, distinta, atriz do seu próprio palco, com talco, cheirando a neném, porém, vai e vem, dessa incerteza, culpa da natureza, onde há beleza, ela estará lá, nua e crua, mas vestida de vida e nobreza...
Tanta loucura, que se arrisca, e risca, fora da risca,mas risca, se arrisca, na sacada, na beirada da casa, no telhado mofado, por um amor à ninguém, se debruça, desliza, as luzes à cima, as luzes acenam, as luzes indicam, quem vai e vem...
E a adrenalina, que inspira, conspira, ensina, a surfar nos seus laços, laços que tem com a vida, ao descer a avenida, ou ao subir a janela de cima, estamos no quinto andar, rimando fora de cena, se contenta com as letras, se concentra nas letras, que solta no muro, não vislumbro, tenho tão pouco tempo que nem tento, vai tentando, tente outra vez, nem sempre é a última vez, quem garante que o agravante, não seja só um instante, como um livro na estante, não se espante, é muita informação massante, massacrante, e tem quem cante, vem vamos avante....
É ela não é um quebra cabeças, nem corta cabeças,nem mosaico, nem cubo mágico, ela é uma vida, tão sua, tão sua...que não tem quem a possua,ninguém a dizer ela é minha, porque ela é sua...