MONÓLOGO
Falo-te
da poeira de cimento cru,
em busca da água cristalina da palavra
que se esconde em pesadas massas negras
dos rios de lágrimas.
Quiçá contaminadas
pela urgência
que escorre
no ralo do meu Ser.
Falo-te
do meu falar cansado de esperar por esse teu abraço -
esse que dispensas a outros braços
e, a mim,
somente a mim,
nunca vem abraçar.
Falo-te
da angústia que é viver distante de mim mesma -
quando (em) sonhos me ponho a sonhar
com o que não chega.
Nem vai chegar.
Quem se importa ?
Rep/13/10/2009
Código do texto: T1862999
Tela : Arte de Monet "Toillete"
Falo-te
da poeira de cimento cru,
em busca da água cristalina da palavra
que se esconde em pesadas massas negras
dos rios de lágrimas.
Quiçá contaminadas
pela urgência
que escorre
no ralo do meu Ser.
Falo-te
do meu falar cansado de esperar por esse teu abraço -
esse que dispensas a outros braços
e, a mim,
somente a mim,
nunca vem abraçar.
Falo-te
da angústia que é viver distante de mim mesma -
quando (em) sonhos me ponho a sonhar
com o que não chega.
Nem vai chegar.
Quem se importa ?
Rep/13/10/2009
Código do texto: T1862999
Tela : Arte de Monet "Toillete"