indiferentemente

Indiferentemente

Um sol limpo

Na manhã de domingo

Faz de conta que tudo está bem,

Mas falta rezar um terço ainda,

E o apito avisado

Do último trem.

O apetite,

Sempre mais que a panela,

Cheia dos ventos delicadezas,

O que põe à mesa

Na hora da fome

Tem de ter a certeza

Que se come.

Então a vida

Se pronuncia benta

Balbuciando palavras incertas

Sobre o que seria

A tarde aspereza...

Talvez a festa esperada,

A solicitude,

Talvez uma sessão

De bola, amiúde apenas fome

Perguntando delas,

Fluída nelas.

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sergio donadio
Enviado por sergio donadio em 20/04/2016
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