indiferentemente
Indiferentemente
Um sol limpo
Na manhã de domingo
Faz de conta que tudo está bem,
Mas falta rezar um terço ainda,
E o apito avisado
Do último trem.
O apetite,
Sempre mais que a panela,
Cheia dos ventos delicadezas,
O que põe à mesa
Na hora da fome
Tem de ter a certeza
Que se come.
Então a vida
Se pronuncia benta
Balbuciando palavras incertas
Sobre o que seria
A tarde aspereza...
Talvez a festa esperada,
A solicitude,
Talvez uma sessão
De bola, amiúde apenas fome
Perguntando delas,
Fluída nelas.
sergiodonadio.blogspot.com
editoras: Scortecci, Saraiva. Incógnita (Portugal)
Amazon Kindle(EEUU) Perse e Clube de Autores