Silêncio
Caminhando por entre nuvens,
Encontrei o silêncio cristalino, insípido,
Preso no início do vento,
Livre no término do horizonte.
E despedaçou-se.
Brotou gotejante no verde-azul do mar.
Clareou
Correu.
Levou-se e deixou-se levar.
Sentes o perfume do tempo?
Vês o infinito ao vento?
Não!
Não vês nada! Não sentes nada!
Sentes e vês o silêncio!
Profundo silêncio!
Esse nada da voz.
A voz calada do mundo,
Do homem,
Da dor,
Da mente...
Mente...
Silenciosa mente!