Andar de mãos dadas com você,
pelas ruas da cidade...
Um sonho?
Primeiro é preciso sonhar,
depois concretizar.
Quero as ruas da cidade,
ruas perfumadas da minha infância.
Noite inebriada de nós...
Acariciar seus cabelos,
ouvir nossos passos sem destino,
nunca passos predestinados...
Tantas vezes percorri essas ruas!
Conheço o silêncio e a fragrância.
São noites todas singulares...
Esqueci os sinos das igrejas,
repletas de lendas...
Tudo que há, um dia bani!
Como surpresa o encontrei,
feito brincadeira de vida,
feito pirraça...
Ah, as ruas da cidade!
Dentro delas, fui criança, mulher...
Daqui, observando você,
adolesci novamente.
Agora, a qualquer hora,
não importa se de asas,
de marcas imprecisas pelo chão,
ou mero e falso acaso,
entro e toco seu coração!