Esperanças frias

Nesta solidão que desdenham meus atos

Bordo este átrio com aspirais de fumaça.

Vejo em suas aspirais o relento dos dias

Que apregoam as minhas vontades presas.

Todos os dias instáveis de solidão sentem

O atrito dos choros que reclamam a minha

Alma de chorar um choro mais alegre e ameno

Salvaguardando o pouco que ainda resta em mim.

O ambiente em destroços condiz com a frieza

Que sem dó e sem piedade invadem o vestíbulo

Destruindo os sonhos e as esperas que se perdem

No carbono negro que despem, as esperanças frias.