de música e de poesia 63
Quero sondar-te os dedos dos pés
onde a energia tarda a abandonar os mortos.
Lembro dos dedinhos tortos
desde o berço, todo tenro e embrulhado
no papel de pão.
Mais tarde, acampado na sala-de-estar
assando marshmallows na lareira.
Você era a margarida na cabeceira mergulhada num jarro com água,
afasta-me a mágoa e poupa-me as pétalas.