Terra que não mais
Minha terra não mais faz festa
A lona do circo funde-se ao chão
E nada se vê nesta noite de piche
São as velhas incandescentes cacos
Que a meus perdidos pés ferem
E a lona não me vale
Porque precipitada
Gela-me a chuva o derradeiro leito
Reservando-me pequena beira
Onde tal denso prumo
Obstino-me em permanecer
Assistindo ao ermo
Minha terra não mais faz festa
Porque partiu, lânguida, a vida
E assim se decompõe
Não restando sequer a alma
Que apagou a última fagulha