QUE HERÓI SOU EU?
 
Sentiu surgir em todo seu corpo forças estranhas
Manifestações dos egos que assolam e sufocam...
Desde a garganta, a alma, a pele, até às entranhas.
Onde a autopiedade imperiosa fragiliza-o em duelo 
E se esgueirando em vão a autopunição se anuncia;
Embora na essência,o ser humano é soberano, belo.
 
Por ter complexidade, diz-se que é louco ou é poeta
Quando está desnudo ou são, é borboleta no casulo
Estado pleno de ser livre que aos poucos se liberta.
Sofredor, pelo processo próprio dessa transformação
Livra-se das larvas de seus sentimentos mais vãos;
Evoluindo assim, da grotesca mente para o coração.
 
São as maquinações que o pensamento trama, recria.
Embora mesmo vivendo no caos, sente um prenúncio,
Preconizando que internamente existe um bom Guia,
Intuindo um sentimento de paz para lhe fruir a alma
Para entender todos os sofrimentos que advém disso
E construindo um clima de esperança, amor e calma.
 
Sensibilizado, o herói indaga enfático para si mesmo:
Afinal, que força invisível é essa, que em mim atua?
Sou inquietante e mutante solitário viajando a esmo?
Ou serei um ser humano forte, mas simples e lutador,
Destinado a enfrentar dragões mesmo com meus medos
Cujo troféu seria, ganhar para mim o verdadeiro amor?


 
Tânia de Oliveira
Enviado por Tânia de Oliveira em 17/04/2016
Reeditado em 17/04/2016
Código do texto: T5608274
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