CRISTAIS QUEBRADOS

Um gesto estático,

Feito estátua de carrara,

Um estalo deflora,

Um silêncio faraônico,

Invadindo a alma,

Como num sopro de vela,

Calando as entranhas.

Uma máscara de horror,

Como mágica, aflora,

E em milésimos deflora,

Do sereno ao pavor,

Do espanto a transformação,

Da surpresa em transe,

Por todo o espaço,

Ressoa o grito “maldição".

Esparramado em contraste,

Com o ambiente em estilo padrão,

Cristais de fino trato,

Feitos à mão, jaz,

Espalhados pelo chão.

Ricardo Nunes de Sales
Enviado por Ricardo Nunes de Sales em 17/04/2016
Reeditado em 22/04/2016
Código do texto: T5607884
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2016. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.