CRISTAIS QUEBRADOS
Um gesto estático,
Feito estátua de carrara,
Um estalo deflora,
Um silêncio faraônico,
Invadindo a alma,
Como num sopro de vela,
Calando as entranhas.
Uma máscara de horror,
Como mágica, aflora,
E em milésimos deflora,
Do sereno ao pavor,
Do espanto a transformação,
Da surpresa em transe,
Por todo o espaço,
Ressoa o grito “maldição".
Esparramado em contraste,
Com o ambiente em estilo padrão,
Cristais de fino trato,
Feitos à mão, jaz,
Espalhados pelo chão.