Valorado
Existo na risível e finita pretensão de beijar-te amanhã
Beijar-te-ei em frente ao colosso dos deuses
Nas premissas antigas dos inconformados
E travar tua língua com o estranho gosto da minha
Na minha fonte do silogismo estéril e repartido
Beijar-te não depende de mim, depende de te
Entronizar o beijo teu com o gosto da revolução
Revolução que tende a ser perecível
Ao silogismo imortal dos gregos, da efêmera vida.
A ôntica humana de sofrer na sua existência pueril
e eu na minha incoerência de ganhar um beijo teu
pra viver de adeus aos olhos perdidos
beijar-te-ei imperecivelmente, reverberando exegética
pelos discursos extenuantes de iconoclastas
aclaratório aos que não acreditam na simples palavra rica
um elucidário maior, completamente inédito
a os olhos de fuga e imprecisão
Por isso não me valore os problemas
Esqueça as duvidas as ilusões
Embale-me num beijo seguro
Que se manterá seguro diante de minha questão