FIZ-ME POETA
Para compreender porque mentem os humanos,
Seus dolos, fiz-me poeta,
Somente assim, os poderia vencer
Afinal, querer é poder
Queria então compreender as vicissitudes do amor,
Pois sei que o amor não marca a hora,
Por vezes bom e singelo como a aura
Por vezes custoso e arriscado...pavor!
Tal amor aperta-nos o peito...sufoco
Tal amor subjuga-nos por inteiro...ilusório
Outra preferência não tive revelo
Por isso, fiz-me poeta com desvelo
O ser que o mal arrosta e despoleta
Que a sua melancolia desafoga com a caneta
Nas vestes de papel.