DE CADA ESSÊNCIA FLUÍDA

DE CADA ESSÊNCIA FLUÍDA

Os mestres “cabeças de abobora”

ultrapassam nossas leis

querendo quem assiste

entregar a maldita

que fica em cima das mentes

possuindo

quem é ela pra dizer

sobre a cruz do alto

que brilha nos dá luz

prazer dos dias vindos

sempre teremos dias vindos

eternos dias vindos

celebramos os dias vindos

com vinho e fumaça

predadores da graça

aleluia gritamos

inocentes preferem

os muros fechados

temos fendas pra olhar

pra ver o outro lado

querido vá até o homem

que fala sem parar

precisamos de frutas

pra o jantar

os duendes deformados na fala

voláteis na sombra que expira

digam onde encontramos

a velha sábia que diz

entender dos outros

pelos outros entenderem

muito pouco dela

demônios cantando frases

que usamos na tarde

dos dias festivos

escritos dias sânscritos

na boca deles há sangue

escorrendo

meu amado vá ver

quem interrompe a luz

das estrelas

quero vê-las vagando

há nuvens demais

apenas uma estrela olhando

quem está doente?