Do outro lado da rua
Lindas eram as pessoas caminhando pela calçada
Cada qual com sua particularidade estética
Negros de sorriso alegre e brancos apressados
E entre um e outro zunido de um cajado cego
Não via a alegria dos astros a encantar o mundo.
No distante sol a vida da vida reclamava
Complacência dos deuses, deuses que nada
Ensinavam e que com nada se preocupavam
A não ser com seu próprio mundo...
O encanto ficava para as flores, que de pétala em pétala
Exibia amores ao desalento perdido
Na ilusão de si mesmo que orava o tempo inteiro
Sem saber o que deveria pedir a Deus.