EU ESPELHO, VOCÊ POESIA
Ela brinca de ser sonho e loucura
Sem sensura se solta e se mostra
Pra si...
Se volta sem medo
E vê o perfeito em geometria...
Cria que cria, mas não crê
Pois tudo que o espelho-poeta vê
Encerra-se em silheta sinuosa que insinua
Paraíso pela pele nua,
Sorriso que maltrata e mata
Com beijo de boca bonita,
Vontade que consome esse pobre homem
Que quer ser deus na vontade tua,
Perdendo-se em fugores fugazes
Nesse teu Universo em que sou apenas rua...
Queria desvendar seus secretos devaneios,
Minhas vontades querem achar seus desejos
Meus desejos caminhar por seus anseios
Meu corpo conhecer os teus meios
Meus lábios perderem-se em teus seios
Meu prazer em tua seiva,
E em tua selva
Morrer-me-ia em teus enleios!