colheita
da minha mãe
o vulcão aceso
do meu pai, o taco ligeiro
da minha vó
o pão que mata a fome...
o resto fui destilando
na hora da dor,
nas quebradeiras das caminhadas,
na caneladas que subiram as ladeiras,
as vezes lembro dos tempos
e conheço melhor o lúmen das facas
o peso do aberto,
é assim, quase sem segredo
que aprendi a colher
frutas no deserto