colheita

da minha mãe

o vulcão aceso

do meu pai, o taco ligeiro

da minha vó

o pão que mata a fome...

o resto fui destilando

na hora da dor,

nas quebradeiras das caminhadas,

na caneladas que subiram as ladeiras,

as vezes lembro dos tempos

e conheço melhor o lúmen das facas

o peso do aberto,

é assim, quase sem segredo

que aprendi a colher

frutas no deserto

Andrade de Campos
Enviado por Andrade de Campos em 14/04/2016
Código do texto: T5604947
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