Turbilhões de Vento no Vale dos Pensamentos
Turbilhões redemoinham em torvelinhos
levando velas e movendo moinhos
nessa odisseia que não tem fim e nem princípio
nessa seresta que vou cantar desde o início
onde as guitarras chovem estrelas no precipício
e os poetas carregam letras em um hospício
para animarem aquela estátua do frontispício
que é dormente no sol poente do horizonte
e no arrebol reflete o sol que é distante
enquanto a noite é um açoite desconcertante
no seu negrume um vaga-lume protuberante
voa sem rumo deixando um rastro alumiante
e eu aqui olhando e bebendo refrigerante
a esperar a morte chegar dum vale arrepiante.