Introspecção
Poesia Simbolista
Introspecção
Há em mim, um ser estranho e fugaz.
Um ser estranho e fugaz há em mim.
Irrequieto, transtornado vive assim.
Perturba-me, escasseando minha paz.
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Mero alquimista, ilusório, incapaz.
Vagueio num mundo, desprovido de fim.
Sou sombra, penumbra, sem luz, vivo assim.
Sou utopia, quimera, fantasia, nada me apraz.
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Meu mundo desaba, em tamanho desalento.
Profundo pesar encontro-me, nesse momento.
Ah...! Meu coração enfrenta tremendo amargor.
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Numa introspecção, viajo ao túnel do tempo.
Lágrimas d’alma lubrificam olhar adentro.
Escuso, enraizado, brota ainda, um fio de Amor.
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Adilson Tinoco