Neste momento,
Estou chorando em Père-Lachaise,
Debruçado sobre o túmulo
De alguém que eu possa ter amado em 1.736.
Minhas lágrimas de pó espalham-se
Com a brisa que sopra dos cafés de Paris.
Aos olhos de Proust sou apenas um andarilho,
Mas os trilhos da vida
Deixaram-me na estação da saudade.
Não busco a verdade do tempo,
Apenas a viagem.
Quem eu amei em 1736
Tinha esmeraldas nos olhos,
Jamais saberia dos automóveis,
E só pisaria na Lua em sonhos.
Ah! Doce aquarela
Para o rosto pálido da bela!
De cujas mãos surgiam nuvens
Que choviam devaneios
E seios que acalentariam toda humanidade.
Ouço o ranger do portão de ferro a fechar.
1736 ficará do lado de dentro,
Do lado de dentro do meu peito.
Estou chorando em Père-Lachaise,
Debruçado sobre o túmulo
De alguém que eu possa ter amado em 1.736.
Minhas lágrimas de pó espalham-se
Com a brisa que sopra dos cafés de Paris.
Aos olhos de Proust sou apenas um andarilho,
Mas os trilhos da vida
Deixaram-me na estação da saudade.
Não busco a verdade do tempo,
Apenas a viagem.
Quem eu amei em 1736
Tinha esmeraldas nos olhos,
Jamais saberia dos automóveis,
E só pisaria na Lua em sonhos.
Ah! Doce aquarela
Para o rosto pálido da bela!
De cujas mãos surgiam nuvens
Que choviam devaneios
E seios que acalentariam toda humanidade.
Ouço o ranger do portão de ferro a fechar.
1736 ficará do lado de dentro,
Do lado de dentro do meu peito.