A tristeza que me toma
Chega após um instante de alegria.
O que seria dia virou noite,
O que seria saudade, distância...
Esperança partida, destino rasgado.
O gargalo da voz, a letra atroz,
A palavra dividida.
O que seria vida virou morte,
A sorte do amor sofrido.
Nada mais serve às vestes da dor,
Essa que abriga a alma
E causa desassossego ao coração.
Tudo principiou em um verso,
Para tornar-se ópera.
Próspera palavra “sonho”,
Suponho ter sido invenção da noite,
Que aos anjos corrompidos
Prometeu o amor.
Asas cortadas, o chão frio, madrugada,
E o sono que não chega
Acaba com as forças do espírito.
Levitar, como extracorpórea figura
Que vê a si mesmo em sofrimento
E lança uma lágrima mística
Para envenenar a triste retina.
Óbito da verdade,
Enterro da fé.
Chega após um instante de alegria.
O que seria dia virou noite,
O que seria saudade, distância...
Esperança partida, destino rasgado.
O gargalo da voz, a letra atroz,
A palavra dividida.
O que seria vida virou morte,
A sorte do amor sofrido.
Nada mais serve às vestes da dor,
Essa que abriga a alma
E causa desassossego ao coração.
Tudo principiou em um verso,
Para tornar-se ópera.
Próspera palavra “sonho”,
Suponho ter sido invenção da noite,
Que aos anjos corrompidos
Prometeu o amor.
Asas cortadas, o chão frio, madrugada,
E o sono que não chega
Acaba com as forças do espírito.
Levitar, como extracorpórea figura
Que vê a si mesmo em sofrimento
E lança uma lágrima mística
Para envenenar a triste retina.
Óbito da verdade,
Enterro da fé.