SEGUIR EM FRENTE
Certo dia, caminhando sozinho,
Senti no peito um aperto dorido
Que me fez agachar devagarinho
Como a acalmar o coração “ferido”.
Era um dia normal qual qualquer outro,
Ainda me lembro como fosse hoje,
Sob um sol morno cuja hora me foge
Mas que trazia a ideia de um encontro.
Olhei o céu muito azul e límpido,
Sem nenhuma nuvem para eu brincar
De em qual imagem iria se transformar
E, em seguida, passar ao olvido...
Só nos meus olhos, que linda imagem viu
E, como um retrato antigo, imprimiu,
Ficou o tom do mar beijando a areia
E que eu quisera fosse lua cheia.
Quando era jovem, podia mergulhar,
Marcar, com os pés, minhas fundas pegadas,
Correndo atrás de minha namorada
Só para ouvir as suas gargalhadas.
Era maroto e nem sequer supunha
Quão raro e breve é cada momento
Que agora vivo como testemunha
Da ação do tempo pelo pensamento.
Travesso outrora mas feliz agora,
Paralisado por um acidente,
Renasci da dor e, pra vida afora,
Passo a certeza da via ascendente.
Longo tempo estive a questionar “por que”,
Com depressão e pena de mim mesmo,
Até que, enfim, alguém mostrou “para que”,
Que, no futuro, mostrou-se a si mesmo.
Com o “por que” olhamos pro passado,
Presos ficando sem um só caminho,
Enquanto “para que” mostra o bom lado,
Alijando, da vida, o desalinho.
O que fazemos é o que importa,
Com a grande chance, a nós, ofertada,
De não parar ante a porta fechada
Mas escolher cruzar a estreita porta.
Foi, sim, preciso eu sofrer na pele
Pra repensar a vida de outro jeito
E compreender que meu Ser é perfeito:
Sou, de Deus, filho e Seu amor me impele
A ser Sua flecha e mostrar, confiante,
Que aprendemos com o que ensinamos,
Driblando dores pra oferecer flores,
Fortalecendo a todos que encontramos.
Repito, agora, a via é ascendente.
Colhemos hoje o que plantamos ontem
E repassamos o bem que, contentes,
Compartilhamos: __” É só seguir em frente!”
Graça Guardia
Pelo Espírito João Roberto (11.04.2016)
Certo dia, caminhando sozinho,
Senti no peito um aperto dorido
Que me fez agachar devagarinho
Como a acalmar o coração “ferido”.
Era um dia normal qual qualquer outro,
Ainda me lembro como fosse hoje,
Sob um sol morno cuja hora me foge
Mas que trazia a ideia de um encontro.
Olhei o céu muito azul e límpido,
Sem nenhuma nuvem para eu brincar
De em qual imagem iria se transformar
E, em seguida, passar ao olvido...
Só nos meus olhos, que linda imagem viu
E, como um retrato antigo, imprimiu,
Ficou o tom do mar beijando a areia
E que eu quisera fosse lua cheia.
Quando era jovem, podia mergulhar,
Marcar, com os pés, minhas fundas pegadas,
Correndo atrás de minha namorada
Só para ouvir as suas gargalhadas.
Era maroto e nem sequer supunha
Quão raro e breve é cada momento
Que agora vivo como testemunha
Da ação do tempo pelo pensamento.
Travesso outrora mas feliz agora,
Paralisado por um acidente,
Renasci da dor e, pra vida afora,
Passo a certeza da via ascendente.
Longo tempo estive a questionar “por que”,
Com depressão e pena de mim mesmo,
Até que, enfim, alguém mostrou “para que”,
Que, no futuro, mostrou-se a si mesmo.
Com o “por que” olhamos pro passado,
Presos ficando sem um só caminho,
Enquanto “para que” mostra o bom lado,
Alijando, da vida, o desalinho.
O que fazemos é o que importa,
Com a grande chance, a nós, ofertada,
De não parar ante a porta fechada
Mas escolher cruzar a estreita porta.
Foi, sim, preciso eu sofrer na pele
Pra repensar a vida de outro jeito
E compreender que meu Ser é perfeito:
Sou, de Deus, filho e Seu amor me impele
A ser Sua flecha e mostrar, confiante,
Que aprendemos com o que ensinamos,
Driblando dores pra oferecer flores,
Fortalecendo a todos que encontramos.
Repito, agora, a via é ascendente.
Colhemos hoje o que plantamos ontem
E repassamos o bem que, contentes,
Compartilhamos: __” É só seguir em frente!”
Graça Guardia
Pelo Espírito João Roberto (11.04.2016)