Poesia do Agora

Quem chega pra ficar, chega sem avisar,

Sem verbos,

Sem flores.

Dois olhos transeuntes no meio da multidão.

Quem chega pra ficar, chega sem medo,

Sem promessas,

Sem sonhos.

Um inteiro flutuante, acima da ilusão!

Quem chega pra ficar, chega com a roupa da pele,

Com as chaves da alma,

E com a lanterna da própria história, vem a pé,

Caminhando sobre a palma das mãos...

Quem chega pra ficar, chega mesmo sem eco,

Sem hora pra chegar,

Nem prazo de partir.

Porque faz do segundo instante o destino da Eternidade.