SOB NOVA DIREÇÃO

Mudar nosso jeito de ser

é tão fácil quando moldar um bloco de aço na mão.

Em teoria é fácil, basta querer e pronto,

mas não é nada disso.

Na prática, temos que revirar o mundo do avesso

precisamos antes contar todos grãos de areia da praia infinitas vezes.

Mudar nosso jeito exige toneladas de suor,

exige bem mais do que expressar uma vontade,

exige a capacidade de torcer a própria alma até sair seu sumo.

Exige a tenacidade de não desistir quando tudo parecer impossível.

Exige segurar o próprio fôlego até depois do limite.

Mudar por dentro de fato parece coisa de ficção,

porque quase sempre fica só na estratosfera,

quase sempre fica só no chão das tentativas.

Mas quando mudamos de fato,

trocamos nosso ser por outro,

nascemos de novo já maduros, já cicatrizados,

já sábios, já ungidos.

Esse é o nosso maior trunfo.

Reolhar o mundo de outro ângulo

reolhar a gente mesmo e não nos reconhecer,

só pra mudar o curso do nosso rio.

Então passamos a ser guidados por nova direção,

mudamos o comando da nossa história,

passamos a escrever capítulos realmente novos.

A partir daí tudo fica diferente.

Nosso entorno passar a nos reconhecer de outro jeito,

o que era rebarba vira um lindo arremate.

O que era engasgo vira um gostoso respiro de alívio.

O que era dor vira luz.

O que era fim vira recomeço,

um lindo, gostoso e reconfortante recomeço.

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