SAN'DAYME e os coveiros que plantam

SAN'DAYME e os coveiros que plantam

A lógica do vendedor de almas

semear terrenos férteis

abundantes de coisas imóveis

querendo desejar

quem vinha destruído por dentro

a façanha do pastor velho

algumas coisas do fascínio

perdidas nas finuras do tempo

se completavam na morte certa

desperta pelo desespero

telas sem arames farpados

espinhos delirantes

davam notas ao compasso

do maestro de pálpebras pretas

olhos verdes olheiras

boca curvada sem dentes

hereges vagam com sede

temos a “a boa água” servida

todos a fonte logo que anoitecer

aos pesadelos convites

de todo belo

aos derradeiros ventos

que trazem o elo

da eternidade

tomem “a boa água”

saciamos desejos cantando

roda que gira gira molda

embaraço flutuante

voltem voltem volta

agora podemos ver

as folhas partindo

sem nada dizer

(oratória)

o segredo é um caminho limitado

queremos todos alcançar

o medo assombra ó mestre

queremos todos alcançar

elas serão impuras à noite

açoite aos fracos como nós

o algoz guia-mortis tem calor

queremos todos alcançar!

ESTE POEMA DEVE SER LIDO COM ESTA MÚSICA

PELO ÊNFASE: USE O LINK: https://www.youtube.com/watch?v=SKjDXzEbkf0