COMO O VENTO
Rápido, sorrateiro,
Bate à minha porta
E invade minha casa
Sem ter hora pra chegar
Às vezes forte e envolvente
Vem à noite me encontrar
Dá um abraço de mansinho
Mas não se deixa tocar
Ora frio, ora quente,
Revira meu cabelo
Sopra em minha orelha
Faz-me arrepiar
Ousado e insistente
Levanta minha roupa
Acaricia minhas pernas
Mas não o vejo passar
Fica uma dúvida sempre
Quando abro os olhos
E ordeno o pensamento:
Se foi você ou foi o vento