CANTOS DE DAMNED (15)
Delineia o vazio nos cantos,
Endereço de ausências
Que acha bem cult.
Aprende a amar a coisa
Que lhe espreita no espelho,
Cobiçosa de seus sonhos vencidos.
A noite escoa, pegajosa e lúcida
No limiar de decepções
Indignas de lágrimas justas.
Propõe destinos impossíveis
Ao curso dessas caras horas negras
Que cedo ou tarde sempre partem.
Apreende o sentido dos silêncios
Necessários
À paz dos iludidos e sorri.
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