**Quem és?**
Tão pouco sei de ti, não te ouço, mas há muito te percebi,
sei que existes, palavras tuas li em notas que o vento trouxe, afinadas com o violino do coração e soando pela distância, através do tempo espaço.
Na verdade, quem és?
Um condor em asas soberanas ou apenas um esvoaçante colibri?
Não sei, apenas te percebi em amanheceres de outono e noites de primavera. Teria sido sonho? Parecia algo tão real, estavas logo ali em imagens com poucos traços e sutilidades!
Antes, senti de longe um perfume tênue, de alma, daqueles bem diferentes com notas amadeiradas que remetem ao verde musgo e o coração se apaixonou ou foi a alma que reconheceu sinais em semelhanças?
Quem és?
Acho que nunca saberei.
12/04/16