sem destinos

Sem destinos

Do livro Teceduras

Os movimentos se levantam

Mas a casa não se acorda,

Dorme, como se fora morrer

O sol outra vez na mesma janela

Outra vez o mesmo perguntatório:

-quantas manhãs se passaram

Desde a revolução daqueles cravos

Nas lapelas dos usurários?

Os movimentos se levantam,

Partem para as jornadas

Como fora um outro obrigatório

A percepção dos nadas de hoje,

Repetidos nos nada de ontem,

Nas dúvidas de sempre...

Sergiodonadio.blogspot.com

Editoras: Saraiva, Perse, Clube de Autores,

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sergio donadio
Enviado por sergio donadio em 11/04/2016
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