Poema sem tempo

Nos tempos em que me encontro

Perco-me nas rochas esbatidas pela maresia,

-ouço o mar, distante de mim, de ti

Dias infinitos nos grãos de areia sob o andar

Nuvens de algodão transportam sonhos

Sorrisos e juras de jovens risonhos

Silencio do olhar, jovial certeza –(a)mar!

Caminhos, paredes esbatidas, solidão

Horizonte onde correm lágrimas, -Saudade

-tive-te aqui, mas partiste

Há verdade que se escondem nos papéis

Nas folhas soltas que esvoaçam ao vento

Tempos passados e esquecidos na memória

-queimam-se as ideias e sonhos

Corro por ruas estreitas, procurando janelas

Portas, vidas por detrás delas – procuro-te

Jardins onde ontem fui feliz em nós, quis-me

-jura-me, ainda voltas no meu tempo

Certa certeza de que o tempo não se esgota

Que é eterno ainda num novo nascer do sol!

Alberto Cuddel
Enviado por Alberto Cuddel em 11/04/2016
Código do texto: T5601602
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