NA RAZÃO DE DELEUZE

NA RAZÃO DE DELEUZE

Vire-se outro veio ver

você indo rápido

queria partir junto

tem tudo vindo

a pedido da alma

estranhamente pálido

olha quem chegou cedo

de onde saiu imagem

toca-me deixa-me inquieto

rindo

“move-me móvel antigo

abrindo”

traz de traz tão logo

a vista sem prazo

paz buscada presa

intervalo claro

vazio instante desuso

frequência astuta

da sabedoria que planta

me abuso da figura

contendo posando branda

das levas mentiras

quando morre o descredito

no que acredito

livro folhado pelo ar

úmido chora

livre andar iludido

desta luz inteira

ininterrupta bendita

fora de alcance

ontem já estive aqui

sentado no cansaço

delirante

porque agoniza

minha alma

nas cores da brisa

sem valsa

dançando cinzas

querendo ficar “liquidas”

tomar-me por lago

fronteira

não trago lindeiras

nado pra onde flui

ares brotos pedido

de tempo aberto...

MÚSICA DE LEITURA: SQÜRL - Pink Dust