ESQUELETOS
Falar aos ossos secos
É fácil?Vamos, tente
Não ser tão reticente
No vale após seus ecos.
Repare os dentes pretos
Duns tantos esqueletos.
Ninguém será platéia
No vale exceto o vento
Turvando o pensamento
Fugaz, que lhe permeia.
Não há sequer afeto
Em peito de esqueleto.
Falar a tantos ossos
Exige essa atitude
Que a alguns soará bem rude...
Ah, o túmulo dos nossos!
Ninguém responda, exceto
O vento em desafeto.
Falar aos ossos secos?
Deixemos aos profetas
De fato e que os patetas
Tropecem pelos becos
E em praça com sem-tetos
Repousem esqueletos.
.
Falar aos ossos secos
É fácil?Vamos, tente
Não ser tão reticente
No vale após seus ecos.
Repare os dentes pretos
Duns tantos esqueletos.
Ninguém será platéia
No vale exceto o vento
Turvando o pensamento
Fugaz, que lhe permeia.
Não há sequer afeto
Em peito de esqueleto.
Falar a tantos ossos
Exige essa atitude
Que a alguns soará bem rude...
Ah, o túmulo dos nossos!
Ninguém responda, exceto
O vento em desafeto.
Falar aos ossos secos?
Deixemos aos profetas
De fato e que os patetas
Tropecem pelos becos
E em praça com sem-tetos
Repousem esqueletos.
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