sem aforismos
escrever-se
sobre o asfalto quente
evaporar da sensação
de cidade pulsante
dos passos induzidos
em cada final de
pensamento
há a esquina
do outono com as
falsas folhas
de plástico daquele
letreiro fluorescente
"veja, meu velho, agora
as cores tendem
a distinguirem-se
no mesmo opaco
distante"
e nós esperando o sol
virar crepúsculo e depois
nascente enquanto a eletricidade
do ar/range as palavras
trêmulas de nossos dentes
apagar-se
da inscrição oleosa que
diz que já não sinto
que você já não sente