Último Endereço
Último Endereço
Viajo em meu imaginário.
Percorrendo sendas tortuosas.
Quimera, ilusões fantasiosas.
Vida regressa, sem itinerário.
Mascara posta, em vão doutrinário.
Língua cega, palavras sobrepostas.
Pago pra ver, jogo sem apostas.
Palavra desconexa, sem dicionário.
Vivo na vida, sem rumo, sem rota.
Resido na rua, na praça, portal sem porta.
Tranquilo, sem somas, pagando o preço.
Amargo ou agridoce, nada mais me importa.
É o tempero da vida, quem vive suporta.
Depois do viver, Morrer é o endereço.
Adilson Tinoco