Miríades
Já nem mesmo sei, não mais reconheço quem você é,
Em meio ao infinito de faces com que se me apresenta,
Às vezes sugerindo que não é minha ou de ninguém,
Que nem mesmo se pertence e, às vezes, é de todos...
Nos breves momentos em que, romântica, me açodo,
Vejo-a empunhando o estandarte do amor, do bem,
Vivendo a vida como que um filme em câmera lenta,
Logo em seguida possuída, Maria Padilha do candomblé.
Em outros momentos, por instantes, você é chuva,
Melancolia em seu estado mais puro, anoitecer, neblina,
Beco sem saída, encruzilhada de todos os descaminhos,
Como se a confluência a mostrar-me o rumo incerto...
Por vezes, brilha como estrela em noites no deserto,
Ao acolhido no refúgio de seu oásis, envolto no linho
Da penugem de seu corpo, quando se mostra a menina
A bailar sensual, despindo a saia, sacando a blusa...
Por outras vezes, é o mar com seus insondáveis mistérios,
Pérolas de suas profundezas, escondidas em suas grutas,
Em busca das quais mergulho a todo e cada momento,
Sentindo, por vezes, embriagar-me nessa letal narcose...
E feneço em seus braços ao sorver cada uma das doses
Deste absinto que me extasia e com que me alimento,
Degustando em seu corpo cada uma de suas frutas,
Insistindo ainda em tanto amar, infinito despautério...
Das vezes tantas, você é, meio a espinhos, simples flor,
Rosa que colho com beijos cálidos, cobrindo-a de versos,
Descobrindo a face oculta da mulher imensa, libidinosa,
Fêmea no cio com que me delicio, intensa, que ri e chora.
Vagamos pela imensidão etérea, pelo mundo afora,
Em meus braços contida a infinita mulher, toda prosa,
Em que se resumiu toda a amplitude de seu universo,
Vendo as miríades que antes eram sintetizadas pelo amor.
Já nem mesmo sei, não mais reconheço quem você é,
Em meio ao infinito de faces com que se me apresenta,
Às vezes sugerindo que não é minha ou de ninguém,
Que nem mesmo se pertence e, às vezes, é de todos...
Nos breves momentos em que, romântica, me açodo,
Vejo-a empunhando o estandarte do amor, do bem,
Vivendo a vida como que um filme em câmera lenta,
Logo em seguida possuída, Maria Padilha do candomblé.
Em outros momentos, por instantes, você é chuva,
Melancolia em seu estado mais puro, anoitecer, neblina,
Beco sem saída, encruzilhada de todos os descaminhos,
Como se a confluência a mostrar-me o rumo incerto...
Por vezes, brilha como estrela em noites no deserto,
Ao acolhido no refúgio de seu oásis, envolto no linho
Da penugem de seu corpo, quando se mostra a menina
A bailar sensual, despindo a saia, sacando a blusa...
Por outras vezes, é o mar com seus insondáveis mistérios,
Pérolas de suas profundezas, escondidas em suas grutas,
Em busca das quais mergulho a todo e cada momento,
Sentindo, por vezes, embriagar-me nessa letal narcose...
E feneço em seus braços ao sorver cada uma das doses
Deste absinto que me extasia e com que me alimento,
Degustando em seu corpo cada uma de suas frutas,
Insistindo ainda em tanto amar, infinito despautério...
Das vezes tantas, você é, meio a espinhos, simples flor,
Rosa que colho com beijos cálidos, cobrindo-a de versos,
Descobrindo a face oculta da mulher imensa, libidinosa,
Fêmea no cio com que me delicio, intensa, que ri e chora.
Vagamos pela imensidão etérea, pelo mundo afora,
Em meus braços contida a infinita mulher, toda prosa,
Em que se resumiu toda a amplitude de seu universo,
Vendo as miríades que antes eram sintetizadas pelo amor.